domingo, 10 de julho de 2016

MARIA AUXILIADORA LARA BARCELLOS (DORA)


“Me chamo Maria Auxiliadora Lara Barcellos. Apelido Dorinha-Dora-Dorinha ou Doralice. Tenho 30 anos, nasci e me criei no Brasil, pra onde irei voltar apesar de você. Sou um dos mais autênticos produtos nacionais, nasci em Antônio Dias, Minas Gerais, pra seu e nosso governo, amém. Num quarto de pensão – destino -, meu pai tava de passagem e minha mãe sempre em sua, sempre em sua, sempre em sua companhia. E a gente, por que não? Afinal, a maioria no Brasil está de passagem, procurando seu posto definitivo, mas as aranhas  e piranhas não dão chance, não dão sossego”[1] (Dora)

“A minha sogra mexia lá na favela. Então levou a Lena[2] e a Dora pra dar aula lá junto com ela. Dava aula pras crianças lá. Acho que ela tinha 15 ou 16. Ela falava sempre que era uma miséria danada. Lá na favela ela sentia demais (...) num era a pobreza não, era a miséria né.” [3] (Mãe de Dora)

“Toda vida ela falava que queria ser médica; estudar medicina. (...) Ela fez o vestibular, na escola de medicina e passou em terceiro lugar (...). Ela começou a dar plantão no Galba Veloso. Ela era responsável por sessenta crianças. Tinha dia que ela chegava em casa assim, triste né. Ela falou assim:
- Tão triste mãe, que os meninos estão comendo uma lavagem (...). Lá os doentes são tratados muito mal (...).
Foi lá e falou com o chefe, o diretor, então ele falava:
- Você para de falar, que você vai ser presa, vai ser incluída (...) subversão”[4](Mãe de Dora)

“Aí ela foi. Arrumou uma malinha e foi embora (...). Deixou uma carta escrita com a Maria Helena (...). A carta falava pra Helena que ela ia embora e que ninguém ia saber onde ela tava” [5](Mãe de Dora)

“A Chica[6], que foi presa comigo, foi pro camburão, convenceu os policiais a deixá-la voltar ao sobrado e convencer o Chael a se render e eles permitiram isso; preferiram isso do que o risco de um tiroteio. Só que ela voltou, subiu, que era um primeiro andar, também apanhou revólveres; nós tínhamos muitos no aparelho e começou a atirar”[7](Espinosa falando de Dora)

“Nós reagimos até que se acabasse a munição que tínhamos em casa (...). Havia uma pistola 45, uma winchester, revólver 38, 32, bombas de fabricação caseira. Todo esse material que se utiliza na guerrilha urbana (...). Eu tinha um pouco de raiva por ter sido presa naquelas condições, porque achava que tinha sido enganada, mas medo? Não!”[8] (Dora)

“(...) Um deles buscou uma tesoura e enterrou na ponta dos seios e disse que ia cortar os seios (...). Ao mesmo tempo eu tava levando bofetadas e palmatória. (...) Me jogavam contra a parede, socavam minha cabeça. (...) Depois começaram a aplicação de choque seco, que é o choque sem... sem água. Aplicaram, mais ou menos, uma meia hora esse tipo de choque (...). Depois me deitaram no chão; jogaram baldes de água e continuaram.”[9] (Dora)

“Ela pulou do carro de cabelinho curtinho, que eles cortaram. Vestido aberto assim... Chinela de uma das meninas e um outro chinelo (...) Quando eu vi a Dorinha saí, encontrei com ela. Abracei ela e eu ficava procurando:
- Onde é que eles te machucaram? Que que foi que eles fizeram com você?
- Mãe, não chore! Eles não merecem!”[10] (Mãe de Dora)



             “Maria Auxiliadora Lara Barcellos. Apelido Dorinha-Dora-Dorinha ou Doralice”. No dia em que foi presa era Chica. Muito bem, já viram aqui alguma coisa sobre a Dora pelos que lhe eram próximos e até por ela mesma. Aqui exporei minha opinião sobre quem era essa mulher baseado, é claro, no que andei lendo, vendo, fuçando. Aqui vai apenas um texto escrito da forma mais sintética que consigo.
            O Brasil da ditadura... Em meio a uma repressão que forçava o povo a calar-se quando se tratava a divergências em relação à política, algumas pessoas eram bem teimosas e lá estavam falando, apontando erros. Foram presos. Alguns outros entenderam que para enfrentar um inimigo armado deve-se usar de armas. Grupos armados inspirados nas ideias de guerrilha urbana e rural para derrubar a ditadura então vigente se formaram e foram a luta. A Ditadura foi implacável e muitos jovens intelectuais da época foram assassinados. Os desaparecidos... Quantos são afinal? Hoje, porém, não vim escrever sobre os desaparecidos ou os mortos que eram atropelados em “simples acidentes de trânsito”, mas que tinham os corpos furados de balas. Não sei como é que é isso, mas, como disse, vim falar de Dora.
            VAR-Palmares era a organização da qual fazia parte. Estava em uma função mais de apoio. Não era encarregada de ir à luta diretamente, o que não a impediu de ludibriar os agentes do DOPS[11] no ato de sua prisão e meter fogo contra os mesmos juntamente com Chael[12].
Torturada, não entregou pontos[13], aparelhos[14], nomes ou planos da VAR-Palmares. Ficou meses com sua nudez exposta, teve sua dignidade solapada como tantos outros e outras que lutaram pelas coisas que acreditavam.
            Em 07 de dezembro de 1970 o embaixador da Suíça foi sequestrado pela VPR[15] e, para devolver o embaixador com vida, exigiu-se do governo brasileiro que 70 presos políticos fossem libertados. O nome de Dora fazia parte da lista e, em 13 de janeiro de 1971, 70 brasileiros eram banidos para o Chile.
            Vida nova... Alguns continuaram a militância no Chile. Estavam com os pés lá, mas os corações e a cabeça continuavam no país que os havia banido. Dora estava mais convencida ainda de que não existia forma de combater a ditadura senão com um fuzil.[16] Reinaldo Guarany[17] recrutara-a para a ALN[18], grupo guerrilheiro do qual fazia parte e que, juntamente com a VPR, podem ser considerados os grupos de viés mais... Digamos... Xiita, que mais ia pra porrada por assim dizer.
           
“Eu era criança e idealista. Hoje sou adulta e materialista, mas continuo sonhando.” [19]

            Dora tinha a capacidade de se indignar com as injustiças sociais como fica explícito nas citações de dona Clélia que pus no início desse texto, mas a caridade pura e simples, a tentativa de minorar as mazelas sociais através de ações pontuais de ajudas específicas a Fulano, Sicrano ou mesmo Beltrano deixou de trazer paz a Dora[20] e, quando em contato com estudos marxistas, percebeu que as mazelas que a incomodavam, a fome, desnutrição, à falta de acesso a educação, a impossibilidade de ação do povo na decisão dos rumos do país devido à política existente a época; todas essas coisas só seriam sanadas se as bases desse sistema que reproduz a desigualdade social fossem totalmente destruídas e nascesse daí um novo sistema em que o povo passasse a ser senhor de si mesmo. “Eu era criança e idealista. Hoje sou adulta e materialista, mas continuo sonhando”. Foi presa por esse sonho e expulsa[21] do país.
O Chile acolheu os brasileiros. Havia ali um governo eleito pelo povo que dizia claramente que o objetivo era chegar ao socialismo sem que houvesse a necessidade de armas. Muitas forças conspiraram contra essa ideia[22]. O Presidente do Chile era Allende e tinha seu poder alicerçado no povo, mas em 11 de setembro de 1973 o palácio presidencial foi bombardeado com o presidente dentro. O Chile caía nas mãos de Pinochet e a caça aos comunistas, socialistas, militantes de esquerda e o diabo a quatro tornou-se intensa. Os Setenta[23] eram vistos pela repressão chilena como aliados de Allende e soldados comunistas altamente treinados pela prática efetiva de combate aos militares brasileiros e, portanto, muito perigosos.
            O Chile banhou-se em sangue. O Estádio Nacional do Chile foi usado para manter presos sob a mira de fuzis e todos os dias em seus “porões” aumentava o número de corpos.
            Dora e Guarany conseguiram refúgio na embaixada do México para onde voaram, mas sem serem aceitos no país e com prazo de duas semanas para deixá-lo. França e Bélgica seriam refúgios passageiros até que finalmente se fixaram na Alemanha Ocidental[24].
            A igreja evangélica alemã mantinha um programa de bolsas para estudantes do terceiro mundo o qual Dora fora inserida juntamente com seu companheiro Reinaldo Guarany. A vida seguia. Dora voltava a estudar medicina (psiquiatria).
         Ainda na Alemanha não foram inteiramente aceitos. O pedido de asilo político era protelado. Receberam apenas um papel que dizia que eles eram apátridas. Não tinham permissão para sair de Berlim. A Alemanha Ocidental não era muito simpática a guerrilheiros comunistas e, há de se pesar também que o fato de Reinaldo Guarany ter participado do sequestro do embaixador alemão pode ter atrapalhado um pouco as coisas. Na Alemanha o cara foi processado até por bigamia.
            Apesar disso Dora vinha levando a vida. Sempre teve facilidade de se relacionar com as pessoas e de se adaptar aos locais por onde passava. Era alegre, disposta a aprender e a aceitar as culturas dos países por onde passou. Tinha uma moral rígida, ética firme. Uma mulher determinada, decidida.
            Quem pode dizer o que se passava na cabeça de Dora naquele dia primeiro de junho de 1976? Alguma coisa havia quebrado na mente de Dora. Dois meses antes tivera um surto e precisou ser internada; foi voluntariamente, mas convencida pelo pastor Dressell[25]. Depois de um tempo, saíra, mas continuava o tratamento.
Naquela primeira manhã do mês de junho Dora se despediu de Guarany dizendo que ia a clínica... Chegou à estação do metrô e se atirou na frente do primeiro trem.
                       
“Você, minha filha, teve uma vida curta, mas viveu intensamente. Viveu mais do que muitos que vivem 100 anos. Você fez o que estava no seu coração.
Ela falava comigo: Se eu não falar alguma coisa mamãe, eu serei uma covarde.
Eu falei: Você é a minha palmatória do mundo!
Ela falava: Não é hoje, não é amanhã, quinhentos anos, mil anos. A história do país muda é assim; é devagar, com o sofrimento de quem tem força pra sofrer”.[26] (Dona Clélia, mãe de Dora)

“Ao massacre sofrido pela Maria Auxiliadora (...) Eu imputo isso a... também a desagregação psíquica que ela sofreu em consequência dessas violências que não foram apenas físicas, mas violências de natureza moral e psicológicas”[27](Espinosa)

Na verdade, Maria Auxiliadora foi morta por aqueles que a haviam torturado de maneira horrível, sete anos antes, em prisões brasileiras. A enfermidade psíquica, em 1976, sem dúvida fora consequência das tormentas físicas e psíquicas que a então moça de 25 anos tivera de sofrer nos seus dois anos de prisão, martírio que a levou até o limite da loucura e mais além.”[28] (Dressell)

”Não sei se sorria ou chorava (...) ela foi caminhando entre as flores do parque do nosso Wohnheim, confundindo-se com os brilhos da noite passada, que ofuscavam meus olhos. E eu nunca mais a vi.”[29] (Reinaldo Guarany)

“Me chamo Maria Auxiliadora Lara Barcellos. Apelido Dorinha-Dora-Dorinha ou Doralice. Tenho 30 anos, nasci e me criei no Brasil, pra onde irei voltar apesar de você”.

           
Dora voltou para o Brasil mais de 10 dias depois de sua morte num caixão fechado. Havia um impasse se o corpo podia ou não voltar uma vez que ela tinha sido banida. Prevaleceu a tese de que o banimento só era válido em vida e o corpo de Dora pôde ser enterrado pela família e amigos aqui no Brasil.
É difícil entender o que se passava na cabeça de Dora eu já disse, mas uma mulher que viveu um tempo em que as revoluções explodiam em todos os cantos, que parecia possível destruir a sistemática de reprodução de injustiça social; que lutou, que tentou a revolução... Em 1976 já não parecia mais possível vencer os militares pela força. Os grupos guerrilheiros haviam sido exterminados. Dora, longe da maioria dos amigos, talvez já não tivesse amparo e nem um ideal e, além do mais... Porra, não dá talvez nem pra fazer conjeturas então, para não fazer suposições levianas termino por aqui e deixo vocês apenas com a expressão da dor de sua mãe em seu enterro:

“Aí eu falei: Você vai ficar aqui eternamente. Aqui é o seu lugar e agora ninguém põe a mão em você mais”.[30]







[1] Brasil 1964/19??, Memória do exílio . Obra Coletiva dirigida e coordenada por Pedro Celso Uchôa Cavalcanti e Jovelino Ramos.  O trecho é da página 315 e é o Depoimento de Maria Auxiladora Lara Barcellos.
[2] Refere-se a Maria Helena, irmã de Dora.
[3] Entrevista realizada pelo programa Memória e Poder com Clélia Lara Barcellos, mãe de Dora.
[4] Entrevista realizada pelo programa Memória e Poder com Clélia Lara Barcellos, mãe de Dora.
[5] Entrevista realizada pelo programa Memória e Poder com Clélia Lara Barcellos, mãe de Dora.
[6] Os guerrilheiros , obviamente, não usavam o nome verdadeiro. Quando alguém do grupo era preso, todos que corriam risco de ter seus nomes revelados trocavam os nomes; dessa forma a maioria dos guerrilheiros adotaram vários nomes enquanto persistia a luta.
[7] Depoimento dado por Antônio Roberto Espinosa na Comissão Nacional da Verdade falando sobre a prisão e tortura NA Vila Militar, Chael Charles Shairer, Ele mesmo e Maria Auxiliadora Lara Barcellos
[8] Depoimento dado por Antônio Roberto Espinosa na Comissão Nacional da Verdade falando sobre a prisão e tortura NA Vila Militar, Chael Charles Shairer, Ele mesmo e Maria Auxiliadora Lara Barcellos.
[9] Dora, no documentário: Report on Torture.
[10] Entrevista realizada pelo programa Memória e Poder com Clélia Lara Barcellos, mãe de Dora. Na citação em questão, dona Clélia fala de uma visita que fez a Dora já na prisão após passaram os momentos mais críticos do “interrogatório”.
[11] Departamento de Ordem Política e Social. (Uma polícia política)
[12] Preso com Dora e Espinosa, morrera em seguida na Vila Militar sob tortura.
[13] Quando um guerrilheiro marcava um encontro com outro, algo que deveria ser secreto com data e horários bem precisos. Caso um ponto fosse descoberto pela polícia podia significar prisão e tortura ou até morte daqueles que tinham um marcado esse encontro.
[14] Local onde moravam por algum tempo alguns integrantes de um grupo guerrilheiro.
[15] Vanguarda Popular Revolucionária.
[16] Conversas minhas com Reinaldo Guarany.
[17] Vivera com Dora entre idas e vindas de 1971 até 1976
[18] Ação Libertadora Nacional
[19] Texto de Dora em: Brasil 1964/19??, Memória do exílio . Obra Coletiva dirigida e coordenada por Pedro Celso Uchôa Cavalcanti e Jovelino Ramos.  O trecho é da página 315 e é o Depoimento de Maria Auxiliadora Lara Barcellos.
[20] Conclusão minha.
[21] Todos os presos políticos trocados por embaixadores sequestrados no período da ditadura militar brasileira foram oficialmente banidos do país, perdendo inclusive a nacionalidade.
[22] Documentário “A Batalha do Chile”
[23] Os brasileiros trocados pelo embaixador da Suíça eram chamados dessa forma no Chile.
[24] Aos mais novos, a Alemanha fora dividida após a Segunda Guerra Mundial em Ocidental (capitalista) e Oriental (comunista). A divisão perdurou até 1990.
[25] O mesmo que lhe fornecera a bolsa de estudos.
[26] Entrevista realizada pelo programa Memória e Poder com Clélia Lara Barcellos, mãe de Dora.
[27] Depoimento dado por Antônio Roberto Espinosa na Comissão Nacional da Verdade falando sobre a prisão e tortura NA Vila Militar, Chael Charles Shairer, Ele mesmo e Maria Auxiliadora Lara Barcellos.
[28] DRESSELL, Heinz; In Memoriam Maria Auxiliadora Barcelos Lara (Dressel foi o pastor que conseguiu bolsa de estudos para Dora.)
[29] GUARANY, Reinaldo; A Fuga
[30]Entrevista realizada pelo programa Memória e Poder com Clélia Lara Barcellos, mãe de Dora.





BIBLIOGRAFIA


Pedro Chaskel e Luiz Sanz: Não é hora de chorar . https://www.youtube.com/watch?v=l1bZZ1TWepM

Critica comparativa entre os livros “a fuga” e “os fornos quentes” de Reinaldo Guarani http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/viewFile/2258/1397

CARVALHO, Luiz Maklouf; MULHERES QUE FORAM À LUTA ARMADA.

ESPINOSA,  Antônio Roberto Depoimento dado por na Comissão Nacional da Verdade falando sobre a prisão e tortura NA Vila Militar, Chael Charles Shairer, Ele mesmo e Maria Auxiliadora Lara Barcellos:   https://www.youtube.com/watch?v=h9km9Cp-t04


GUARANY, Reinaldo; A Fuga

GUSMÁN, Patrício; A BATALHA DO CHILE. https://www.youtube.com/watch?v=L_JHLTeRHr8

GASPARI, Elio; Ditadura Escancarada

Memória e Poder;  Entrevista realizada pelo programa com Clélia Lara Barcellos, mãe de Dora.    https://www.youtube.com/watch?v=h2J7bkR66yo


Comissão Especial  sobre MORTOS e DESAPARECIDOS POLÍTICOS  http://cemdp.sdh.gov.br/modules/desaparecidos/acervo/ficha/cid/199


HASKELL, Weler; Brasil: Report on Torture. https://www.youtube.com/watch?v=6aUu-zGGg08

UCHÔA, Pedro Celso Cavalcanti e RAMOS, Jovelino; Brasil 1964/19??, Memória do exílio . Obra Coletiva dirigida e coordenada por Pedro Celso Uchôa Cavalcanti e Jovelino Ramos.  O trecho é da página 315 e é o Depoimento de Maria Auxiliadora Lara Barcellos.

8 comentários:

  1. História incrível - a lama do Brasil. Importante conhecer esse período através das histórias das pessoas que lutaram e deram a própria por justiça social.
    Parabéns Marciro e obrigada por mais esta informação.

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  2. História incrível! É importante conhecer esse período histórico através da vivência dessas pessoas que deram a própria vida por justiça social.

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  3. Parabéns pela ótima construção do texto!
    A forma de encaixe entre as falas citadas e as suas, dão um dinamismo e "ação" na leitura, sinto como se estivesse vendo um filme de suspense.
    Por fim, relembrar os grandes feitos de pessoas como a Dora, é de extrema vália. Fez muito, sem esperar esperar reconhecimento. Emocionante a fala dela
    "Não é hoje, não é amanhã, quinhentos anos, mil anos. A história do país muda é assim; é devagar, com o sofrimento de quem tem força pra sofrer”. Obrigada a você e muito obrigada à todas as Doras!

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  4. Ficou bom o texto. Essa estrutura narrativa, uma espécie de relato biográfico com traços de romance, tornou a leitura de um tema trágico em algo menos carregado, típico de textos acadêmicos.

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  5. Falta aprofundar quando se escreve sobre este assunto tem que se aprofundar achei superficial ,mas da para melhorar o artigo Contextualizar melhor o período histórico explicar algumas questões para não haver mal entendidos.

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    1. Como o blogue terá textos exlusivos sobre a ditadura militar achei desnecessário contextualizar profundamente sempre, pois os textos ficariam repetitivos, mesmo assim sempre farei uma breve contextualização. Além do mais, a proposta para o blogue não é fazer uma coisa muito aprofundada. É pra ser algo curto mesmo, para despertar o interesse sobre o assunto. Outros nomes virão e a ideia é que tenham no máximo quatro páginas de word, mas valeu pela crítica. Pesarei isso para os próximos textos.

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  6. A conexão bem amarrada pelo cadeamento dos ocorridos aproxima de perto a dimensão e qualidade cruéis de tortura que marca a infâmia sempre da ditadura civil-militar no Brasil e na América Latina a partir de 1964.
    A história de Dorinha-Dora-Dorinha simboliza com grande força histórica esse período de horrores vivido pelas nações latinas-americanas.
    Valeu, irmão! Continue sempre na busca da verdade...!?

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  7. Muito bom! Acabei viajando no tempo. Pareciam memórias minhas.

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